Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que controla os ventos. Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade, sendo que a tempestade é uma das representações do Deus do fogo Xangô. Assim como a Deusa Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de erukê especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns.
O nome Iansã trata-se de um título que Oyá recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer, Iansã=A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava, pois dizia que ela era radiante como o entardecer. Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue Xangô o Deus das Tempestades pedindo a ele clemência, Xangô sentenciou: aquele que lembrar, Cultuar, suas esposas seria poupado de sua sentença, ou seja, isso se aplica a Obá e Oxum. Muitos costumam afirmar que Iansã seria uma contração de Mãe dos filhos, muito embora essa afirmação seja realizada por pessoas que não conhecem seu verdadeiro sentido. Em uma de suas lendas Iansã não podia ter filhos, e foi consultar o babalawo. Este lhe disse, então, que, se fizesse sacrifícios, ela os teria. Um dos motivos de não os ter ainda era porque ela não respeitava o seu tabu alimentar (eewó) que proibia comer carne de carneiro. O sacrifício seria de 18.000 mil búzios (o pagamento), muitos panos coloridos e carne de carneiro. Com a carne ele preparou um remédio para que ela o comesse; e nunca mais ela deveria comer desta carne. quanto aos panos, deveriam ser entregues como oferenda. Ela assim fez e, tempos depois, deu à luz nove filhos (número mítico de Oyá). Daí em diante ela também passou a ser conhecida pelo nome de `Iyá omo mésan', que quer dizer "a mãe de nove filhos'"
Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue o Xangô o Deus das Tempestades pedindo a ele clemência.
Oferendas: àkàrà ou acarajé, ekuru e abará.
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